terça-feira, 22 de março de 2011

Projeto Eu Sou Comunidade Consciente

Objetivo do Projeto:

Ampliar acesso de crianças, adolescentes, jovens e mulheres a oportunidades de educação, cultura, lazer e entretenimento, trabalho e geração de renda no sentido de fortalecer e empoderar a comunidade, possibilitando o desenvolvimento da sustentabilidade, do senso crítico e do exercício da cidadania.

O que é o Projeto?

O projeto Eu Sou Comunidade Consciente, idealizado e coordenado por Nayla Celene Moreira Reis e realizado pela OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Instituto de Gestalt Terapia de Brasília (IGTB), trabalha, desde 2006, por meio de abordagem psicológica, com a população da vila DNOCS, localizada na região administrativa de Sobradinho, no Distrito Federal.


Composta por aproximadamente 480 famílias extremamente carentes, a comunidade, surgida ainda na formação de Brasília, lidava, à época do primeiro contato do projeto, com problemas infra-estruturais - crescimento desordenado, falta de água encanada, coleta de lixo irregular, nenhum asfaltamento, casas construídas de forma precária, entre outros. Além disto, era difícil e preocupante a situação psicológica dos membros da comunidade. Eles se sentiam estigmatizados e marginalizados (dentro e fora do DNOCS), o que acabava por causar-lhes sérios problemas de auto-estima e falta de motivação para buscar e acreditar em melhorias.

Diante disso, o projeto trabalhou, inicialmente, com a capacidade organizadora da própria comunidade. Já existiam ali alguns grupos organizados de moradores e voluntários externos, como a Pastoral da Criança, o Grupo da Sopa, o grupo de adolescentes do Hip Hop, a Biblioteca da professora Núbia Porfírio, entre outros. A presença desta “rede” e articulação junto a ela foi fundamental para que o projeto fosse acolhido pela população local e para a escolha desta comunidade, que desde então mostrava potencial transformador.


A Casa Comunitária, um capítulo à parte

Em pouco tempo de trabalho no Dnocs – e diante da vontade, participação e capacidade de mobilização dos membros da comunidade – fez-se necessária a criação de um espaço comum para receber as diversas atividades que já eram colocadas em curso. Assim surgiu o sonho de construção da Casa Comunitária, tornado real em 2008 com recursos do IGTB, doações (materiais e de serviços) e colaborações voluntárias de dentro e fora da comunidade. Além da evidente importância estrutural – de um espaço bem equipado, mantido e preservado por todos – a existência de uma Casa Comunitária possui forte significado simbólico. É a nossa casa, da qual todos (membros da comunidade e do Projeto) temos a chave e pela qual somos diretamente responsáveis.


A Casa abrigou durante 11 meses todas as atividades citadas, permanentes e esporádicas e, neste espaço de tempo relativamente curto, conseguiu consolidar-se como espaço vivo e democrático de crescimento, reflexão e aprendizado, parte integrante da cultura e organização social da comunidade. Em junho de 2009, no entanto, com o início das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - que prevê casas pré-moldadas e padronizadas para a região – a Casa Comunitária foi derrubada pelo governo. Desde então, algumas das atividades vêm sendo mantidas na casa de uma das moradoras da comunidade, integrante do Grupo Dona Moça. A ideia da Casa Comunitária permanece viva e o Projeto continua, amparado pela coletividade.


Atividades em andamento:

- Aula regular de violão e percussão;
- Palestras educativas;
- Eventos culturais e de lazer;
- Acompanhamento psicológico do Grupo Dona Moça (grupo de mulheres artesãs da Vila Dnocs);
- Biblioteca permanente e acompanhamento psicopedagógico com atividades voltadas para o incentivo a leitura com crianças entre 5 e 12 anos;
- Oficina Corpo, Arte e Mídia (em parceria com o II Festival de Arte e Midia [FAM]) para jovens e adolescentes de 13 a 18 anos;
- Oficinas de capacitação e geração de renda.

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