terça-feira, 16 de agosto de 2011

Roda de conversa na casa comunitária

Nada melhor do que fazer uma roda, olhar o brilho do olhar de cada um e bater aquele papo. Foi assim que na tarde-noite de ontem, um grupo de arte-educadores e voluntários-psicólogos do IGTB- Instituto de Gestalt Terapia de Brasilia (Jane, Izabel, Mary e Henrique)vivenciamos uma roda de conversa com moradores da Comunidade Assentamento DNOCS, localizada às margens da BR 020 em Sobradinho, no Distrito Federal. Por lá compareceram as mulheres, lideranças locais, jovens e as crianças, claro, que já nasceram no Assentamento, filh@s de pais cujas origens estão no Piauí, Maranhão, Minas Gerais, Ceará, numa verdadeira e linda mistura tipicamente brasileira.


Fui lá atendendo ao convite da amiga Nayla Reis, do Projeto Eu Sou Comunidade Consciente (http://eusoucomunidadeconsciente.blogspot.com), que está presente na comunidade, há mais de cinco anos, desenvolvendo importantes e premiadas ações culturais, que contribuem para o desenvolvimento local e para o fortalecimento da cidadania da galera. Logo na chegada, formos fazendo uma faxina geral para arrumar a Casa Comunitária, abrigada temporária e improvisadamente na casa de uma moradora que em breve receberá sua casa nova, num projeto do Governo Federal, ainda em andamento.

Tudo limpo, chegou a hora de decorar a nossa Casa Comunitária. E lá foi a galera conversando e esticando os panos coloridos, pregando as fotos da nossa Exposição ArteRetratos das Comunidades (http://flic.kr/s/aHsjuHuaVP) e a molecada se transformando em palhacinhos. Enquanto isso, improviso e criatividade para ligar o projetor que passaria as fotos e vídeos das diversas atividades acontecidas anteriormente. Enfim, tudo pronto e inacabado, o papo rolou solto, trazendo à tona as lembranças históricas do início do assentamento, as várias lutas pelo direito à propriedade da terra e todo o processo de resistência até a recente conquista à tão sonhada casa própria. Mas, também ficou, nas diversas falas, a certeza de que a luta não acabou, que é preciso continuar atento e unido na busca de mais melhorias para a comunidade, como escola, posto de saúde, quadra esportiva, equipamentos culturais, oficinas de geração de renda e etc e tals...


Mas, para que tudo isso possa acontecer é preciso que cada um faça a sua parte, seja consciente. E isso ficou muito claro para os presentes. É preciso, mais do que falar, agir comunitariamente. E a nossa Casa Comunitária está lá, viva, pronta para continuar acolhendo as diversas pessoas que querem ver o melhor para a comunidade Assentamento DNOCS. E, eu já me comprometi a fazer a minha parte lá. Passarei a ir, pelo menos, uma vez por mês incentivar, voluntariamente, a leitura com a criançada e quem mais quiser aparecer por lá! E aproveitarei para trazer um pouco da energia e do modo de vida respeitoso e amoroso das nossas comunidades ribeirinhas da Amazônia, e vivenciar esse jeito simples de ser com a galera, atendendo um desejo do morador S. Geraldo, um simpático piauiense da zona rural. Quem sabe daqui a alguns anos essas diversas histórias que ouvimos estejam em poemas, livros, blogs, escritos pelos próprios moradores. Quem sabe!?....

Jonas Banhos
mochileirotuxaua.blogspot.com
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